Archive for the direitos GLBTT Category

histórico: O 1º Casamento Civil Homossexual do Brasil

Posted in direitos GLBTT, história with tags , on 30/06/2011 by Homofobia Já Era

 

É para admirar, é para se orgulhar, é para se emocionar e para deixar de ser sonho e acreditar que é possível. Quero poder mostrar esse vídeo como o começo para os meus netos da mudança da mentalidade desse país. Quero vir a dizer “aceito” também ♥ Parabéns a esses dois homens, exemplos para o Brasil: Luiz André Rezende Sousa Moresi e José Sergio Sousa Moresi

O luxo e o fato que não pode nem deve se calar

Posted in casal, direitos GLBTT on 28/06/2011 by Homofobia Já Era
O 1º casal de homossexuais brasileiros, que conquistaram o direito ao casamento civil em Jacareí, interior de SP, não são do tipo hominhos, wannabe urbanos, bombados tatuados, "andré fischer style" ou o casal de cera da rede Globo. São 2 cabelereiros efeminados, de voz fina e desmunhecados. Ou seja, BICHAS e PINTOSAS. Os mesmos, desde "Stonewall" que estiveram no "front-end" das lutas pelos direitos civis enfrentando a violência, o preconceito e as hostilidades com coragem e atitude. Para que se reflita e se reveja que diversidade estamos almejando. E para quem reclama que são "as loucas" que denigrem a nossa "imagem" (que imagem cara pálida???)
Parabéns (estes sim merecem toda a felicidade possível)
Luiz André Rezende Sousa Moresi e José Sergio Sousa Moresi

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17 de maio: dia nacional da luta contra a homofobia

Posted in direitos GLBTT with tags , on 17/05/2011 by Homofobia Já Era

advogado luiz roberto barroso no STF em 05.05.2011

Posted in cidadania, direitos GLBTT with tags , on 05/05/2011 by Homofobia Já Era

1º pronunciamento: 24.02.2011

Posted in direitos GLBTT, política with tags on 25/02/2011 by Homofobia Já Era

marcha contra a homofobia 19.02.2011-SP

Posted in direitos GLBTT with tags on 22/02/2011 by Homofobia Já Era

Marcito, do Grupo Identidade de Campinas em foto de Luciana Torres

Marcha contra Homofobia em SP – 19.02.2011

Posted in ciberativismo, direitos GLBTT with tags on 26/01/2011 by Homofobia Já Era

Onde? Concentração na Praça do Ciclista

(próximo ao cruzamento da Paulista com a Consolação), com destino final no Edifício 777 da Av. Paulista.

Quando? Sábado, 19.02.2011, às 15h

Como? Traga um guarda-chuva colorido!


MARCHA CONTRA HOMOFOBIAÀ véspera do último feriado da República, um rapaz de 23 anos foi atacado, com uma lâmpada fluorescente, por outro jovem de 19 anos, em frente ao número 777 da Avenida Paulista. O motivo? A vítima aparentava ser gay. Outros 250 brasileiros tiveram destino muito pior em 2010: foram assassinados, unicamente por serem gays, lésbicas, bissexuais, intersexuais, transexuais ou travestis. 500 pais perderam seus filhos e, talvez, arrimos de família para a ignorância; outros milhares perderam seus parentes, amigos e colegas de trabalho para o ódio insensato.

Incontáveis outros fizeram como Iago Marin, um adolescente de catorze anos que, por não suportar o constante assédio dos colegas de escola, se suicidou em meados de 2009. Ainda que agressão e assassinato já sejam crimes, o preconceito, que é a origem dessa violência sem sentido e que se concretiza diariamente por meio de ofensas verbais e tratamento discriminatório nos mais diversos ambientes sociais – nos estabelecimentos comerciais, no trabalho, na escola ou na família – ainda não é adequadamente coibido. Se a raiz desse mal não for exterminada, ou seja, se a discriminação em sua forma mais sutil não for eliminada, dificilmente veremos o fim da onda de violência homofóbica.

De fato, há cerca de dez anos, os Estados de SP, RJ, MG e RS criaram leis estaduais que punem atos de discriminação por orientação sexual e identidade de gênero com advertências e multas, dentre outras sanções.

Essas leis, porém, não impediram as inúmeras agressões recentes contra a comunidade LGBT, ou que sequer um soldado, agente do próprio Estado, baleasse um jovem de 19 anos, logo após a Parada Gay no Rio de Janeiro, em 15.11.2010, dia seguinte ao ataque da lâmpada.  É necessário, portanto, ir além dessas leis pouco eficazes e tornar crime qualquer ato que discrimine um ser humano, meramente por ele sentir afeto por outro do mesmo sexo (gays, lésbicas, bissexuais) ou por se identificar com o gênero oposto (travestis e transexuais).

A Lei contra o Preconceito (Lei 7.716/1989) já garante proteção contra a discriminação por “raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. A comunidade LGBT, junto com as pessoas com deficiência e com os idosos, exigem que essa Lei também passe a abrangê-los, a fim de que sua dignidade e seu direito fundamental ao tratamento igualitário sejam adequadamente protegidos pelo Estado brasileiro.
Para tanto, é necessário que o Projeto de Lei da Câmara nº 122/2006, que criminaliza a homofobia, bem como a discriminação das pessoas deficientes e dos idosos, não seja arquivado pelo Senado e seja aprovado pelo Congresso.

Assim, convidamos todas as cidadãs e cidadãos que se solidarizam com a comunidade LGBT, as pessoas com deficiência e os idosos a se reunir no dia 19.02.2011, sábado, na Praça do Ciclista, em São Paulo, para marcharmos juntos, em apoio ao PLC 122/2006, até o número 777 da Avenida Paulista, onde ocorreu um dos ataques homofóbicos.

com licença, eu vou à luta (em 17.12.2010 )*

Posted in cidadania, direitos GLBTT, política on 27/12/2010 by Homofobia Já Era

JW1 Jean Willys,1º deputado federal homossexual brasileiro

“ Ontem eu me diplomei deputado federal pelo Psol do Rio de Janeiro. Durante a cerimônia, realizada com pompa no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com a presença das estrelas da política nacional, rememorei minha vida até aqui como se ela fosse um filme. Muitos de vocês sabem que a injúria contra os homossexuais provoca quase sempre estragos irreparáveis à subjetividade ou à alma de uma pessoa.

Agora imaginem essa infância gay combinada à pobreza extrema em que vivíamos na periferia de Alagoinhas, em que sequer água e sanitário havia nas casas de aluguéis em que morávamos… Não bastasse a miséria, e talvez mesmo por conta dela, meu pai enfrentava problemas com alcoolismo e, por isso, não parava nos subempregos que, vez em quando, permitia-lhe trazer comida pra casa. Minha mãe trabalhava como lavadeira para não nos deixar morrer de fome e, para ajudá-la nessa tarefa nobre, eu fui, aos 10 anos, para o mercado de trabalho informal. Trabalhava num turno e estudava em outro. Aos sábados e domingos, eu e meus irmãos nos dedicávamos às atividades do centro comunitário da Baixa da Candeia.

Diante das necessidades, minha mãe queria que a gente abandonasse a escola para se dedicar mais ao trabalho: conseguir uma vaga numa oficina mecânica qualquer ou de cobrador de ônibus. Para ela, era importante que fôssemos honestos e respeitássemos o que era dos outros. Mas, para minha mãe, não era tão importante que a gente estudasse, pois, na cabeça dela, dedicação a estudos era coisa de gente rica. Mas eu sempre gostei de aprender e de ler. Sempre gostei da escola, e para a escola eu ia mesmo nos dias em que não havia absolutamente nada para comer lá em casa, e aos sábados e domingos passava horas na biblioteca da casa paroquial lendo livros.

Livros que me deram valores humanistas e a preocupação com o outro, típicos do cristianismo – sim, porque se, por um lado, o cristianismo fundamentalista e sua ameaça ao Estado laico e de direitos nos apavoram, por outro, é inegável que foi o cristianismo que nos trouxe essa ideia de que o que torna um homem virtuoso são os seus atos, ou seja, para o cristianismo, um ser humano é virtuoso quando age em favor do bem comum; livros que me levaram ao movimento pastoral da Igreja Católica – eu me engajei na pastoral da juventude estudantil e na pastoral da juventude do meio popular – e ao trabalho nas comunidades eclesiais de base. A família de meu pai sempre foi ligada ao candomblé, mas eu só vim me aproximar e me aprofundar nessa religião depois dos 20 anos.

Leitura e livros que me fizeram ver a televisão com outros olhos (televisão que só chegou à minha casa quando eu tinha 11 anos). Livros que me fizeram escapar dos destinos imperfeitos aos quais ainda estão condenados os meninos e meninas dos bolsões de pobreza. Formei-me em informática no ensino médio, numa instituição de excelência voltada para alunos de escolas públicas do Nordeste que estivessem acima da média 8: a Fundação José Carvalho; entrei no mercado formal de trabalho bem remunerado; nesse mesmo ano fiz vestibular para Jornalismo na Ufba, onde me formei; trabalhei anos como jornalista e, depois de concluído o mestrado, passei a me dedicar mais ao ensino superior.

Deixei os anos de miséria para trás (não que eles ainda não me assombrem); fiz a tal mobilidade social sem contar com a ajuda financeira dos meus pais – que, ao contrário, dependiam de mim – nem de apadrinhamentos de qualquer tipo!

Eu, que  poderia ter morrido de fome ou por falta de serviço de saúde público; que poderia ter sumcumbido a uma bala de revólver da polícia ou dos bandidos ou à homofobia que reina nas comunidades, transformei minha vida e a de minha família para melhor. Poderia me contentar com isso e só olhar para frente! Mas, e os que ficaram para trás? Aqueles que, abandonados pelo Estado à própria sorte, não tiveram a força de vontade de resistir e sobreviver à miséria?  E aqueles que ficariam para trás, que estariam fadados a morrer vítimas das guerras de quadrilhas ou nas mãos da polícia, como aconteceu a muitos dos meus colegas da Baixa da Candeia? E aquelas crianças homossexuais que não sobreviveriam ao ambiente de hostilidade homofóbica? Como é possível viver contente se seus semelhantes ainda são vítimas das injustiças? Pode haver gente egoísta no mundo, mas eu não faço parte dela! Ter uma vida confortável, relativamente segura e trabalhar, por meio da educação superior e do jornalismo, pelos direitos humanos, não me impediram de reconhecer que isto ainda é pouco; que eu posso fazer mais para melhorar a vida dos outros e que este muito mais passa necessariamente pela política. Daí eu ter decidido me candidatar a deputado federal. Então, agora que me diplomei, eu lhes digo: com licença, eu vou à luta!

 

* publicado originalmente em

Thumbnail via WebSnapr: http://www.correio24horas.com.br/colunistas/detalhes/artigo/jean-wyllys-com-licenca-vou-a-luta/

excelência na educação

Posted in comportamento, conhecimento, direitos GLBTT, educação with tags on 18/12/2010 by Jisuis

A ONG Global Alliance for LGBT Education — Aliança Global pela Educação LGBT (termo utilizado para referir lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) deu a Marina Reidel o prêmio Educando para a Diversidade, por seu trabalho educacional Diga Não à Homofobia Escolar.

Educadora e Transexual, Marina dedica sua competência também no fomento das discussões saudáveis no combate ao preconceito, como se pode ver  na reportagem aqui.

Ela  foi homenageada na parada da diversidade de Porto Alegre, realizada este fim de semana.Para quem não se lembra dela, foi uma das depoentes da novela Viver a Vida – veja aqui.

Daqui segue nossa alegria por existir uma mulher de coragem, uma educadora comprometida e uma brasileira ferrenha em suas convicções para construção de um país melhor.

Parabéns, Marina!

assim melhoramos

Posted in agressão, ciberativismo, direitos GLBTT on 15/12/2010 by Homofobia Já Era

12.12.2010,Doceira Ofner no bairro dos Jardins em SP.

 

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“negar direitos a casais do mesmo sexo é imposição que vai contra princípios elementares de justiça”

Posted in cidadania, direitos GLBTT, opinião on 04/12/2010 by Homofobia Já Era

A homossexualidade é uma ilha cercada de ignorância por todos os lados. Nesse sentido, não existe aspecto do comportamento humano que se lhe compare. Não há descrição de civilização alguma, de qualquer época, que não faça referência a mulheres e a homens homossexuais. Apesar de tal constatação, esse comportamento ainda é chamado de antinatural. Os que assim o julgam, partem do princípio de que a natureza (leia-se Deus) criou os órgãos sexuais para a procriação; portanto, qualquer relacionamento que não envolva pênis e vagina vai contra ela (ou ele). Se partirmos de princípio tão frágil, como justificar a prática de sexo anal entre heterossexuais? E o sexo oral? E o beijo na boca? Deus não teria criado a boca para comer e a língua para articular palavras? Se a homossexualidade fosse apenas uma perversão humana, não seria encontrada em outros animais. Desde o início do século 20, no entanto, ela tem sido descrita em grande variedade de invertebrados e em vertebrados, como répteis, pássaros e mamíferos. Em alguma fase da vida de virtualmente todas as espécies de pássaros, ocorrem interações homossexuais que, pelo menos entre os machos, ocasionalmente terminam em orgasmo e ejaculação. Comportamento homossexual foi documentado em fêmeas e machos de ao menos 71 espécies de mamíferos, incluindo ratos, camundongos, hamsters, cobaias, coelhos, porcos-espinhos, cães, gatos, cabritos, gado, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até leões, os reis da selva. A homossexualidade entre primatas não humanos está fartamente documentada na literatura científica. Já em 1914, Hamilton publicou no "Journal of Animal Behaviour" um estudo sobre as tendências sexuais em macacos e babuínos, no qual descreveu intercursos com contato vaginal entre as fêmeas e penetração anal entre os machos dessas espécies. Em 1917, Kempf relatou observações semelhantes. Masturbação mútua e penetração anal estão no repertório sexual de todos os primatas já estudados, inclusive bonobos e chimpanzés, nossos parentes mais próximos. Considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas. Os que se sentem pessoalmente ofendidos pela existência de homossexuais talvez imaginem que eles escolheram pertencer a essa minoria por mero capricho. Quer dizer, num belo dia, pensaram: eu poderia ser heterossexual, mas, como sou sem-vergonha, prefiro me relacionar com pessoas do mesmo sexo.Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros.A sexualidade não admite opções, simplesmente se impõe. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira. Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países o fazem com o racismo.Os que se sentem ultrajados pela presença de homossexuais que procurem no âmago das próprias inclinações sexuais as razões para justificar o ultraje. Ao contrário dos conturbados e inseguros, mulheres e homens em paz com a sexualidade pessoal aceitam a alheia com respeito e naturalidade. Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social. Os pastores de almas que se opõem ao casamento entre homossexuais têm o direito de recomendar a seus rebanhos que não o façam, mas não podem ser nazistas a ponto de pretender impor sua vontade aos mais esclarecidos. Afinal, caro leitor, a menos que suas noites sejam atormentadas por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? 

Dr. Drauzio Varella no caderno Ilustrada da Folha de SP de 02.12.2010

são paulo,24.11,universidade mackenzie

Posted in ciberativismo, cidadania, direitos GLBTT with tags , on 24/11/2010 by Homofobia Já Era
Exibir Mack_24.11

imagens: Roberto Setton/UOL