Archive for the direitos GLBTT Category

programa nacional de direitos humanos

Posted in direitos GLBTT, política with tags , , , on 22/12/2009 by Professor Carlinhos

“Vocês me viram botando a mão no cabelo do Zé Alencar? É que teve um tempo em que tinha caído o cabelo do Zé Alencar. E vocês estão percebendo que a Dilma está de cabelo novo. Não é peruca não, é o cabelo normal dela, que voltou a se apresentar em público”.

Foi assim, de maneira descontraída, que o presidente da República iniciou nesta segunda feira (21 de dezembro) o seu discurso para o lançamento do 3º Plano Nacional de Direitos Humanos.

Lula, fazendo memória do histórico de lutas da classe popular a que vem acompanhando desde quando ainda era metalúrgico, fez referências a alguns episódios importantes de quando ainda não era o presidente do país:

“(…) eu lembro perfeitamente bem a emoção que eu senti na primeira vez em que os catadores de materiais recicláveis, mais popularmente conhecidos como catadores de papel, entraram no Palácio do Planalto e fizeram uso da palavra. Eu lembro quando, pela primeira vez, os sem teto deste país entraram no Palácio, e lembro da emoção do companheiro que fez uso da palavra, dizendo que ele não precisaria conquistar mais nada, só o fato de ele ter entrado no Palácio do presidente da República já era uma conquista que eles não imaginavam”. (Você pode ler o discurso inteiro do presidente aqui)

No documento está sugerida a criação de meios para impedir que símbolos religiosos estejam presentes em estabelecimentos públicos no Brasil. Há também a idéia de inserir nos currículos escolares uma disciplina que ensine aos alunos a Língua Brasileira de Sinais e propõe a criação de uma comissão nacional da verdade para investigar violações dos direitos humanos ocorridas durante o regime militar.

O programa ainda defende o projeto de lei do casamento gay. O programa, como diz o Gazeta On Line do portal da Globo, ainda prevê que os sistemas de informação pública passem a considerar como informações autodeclarações de gays, lésbicas, travestis e transsexuais. O projeto defende ainda que travestis e transsexuais possam escolher seus nomes em documentos sem necessidade de decisão judicial.

O Plano é resultado de um processo de debate que culminou na realização da 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos (dezembro de 2008, em Brasília). É um documento que apenas estabelece diretrizes e objetivos para orientar o poder público, o que não quer dizer que os governantes irão acatar a todas as sugestões ali expressas. O próprio ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, afirmou que o programa representa um grande passo, mas ainda há muito mais por fazer (leia entrevista com o ministro aqui).

De qualquer forma, esse documento se configura como um passo além na luta contra a homofobia e outras violações de Direitos Humanos.

(off: a Dilma fica melhor de peruca ou com o novo visual?)

na sombra da sociedade

Posted in direitos GLBTT, diversidade, elas, vídeos with tags on 10/12/2009 by hhsen

Olá galera, depois de tanto tempo sem dar a minha contribuição a este blog cá estou com um post em que coloquei no meu blog Diário T-Lover.

Este documentário fala sobre as  travestis que vivem à sombra da sociedade: a vida dificil por que passam, os preconceitos e todas as barreiras que elas sofrem para se manterem vivas e continuarem na luta pelo seu objetivos de felicidade e de autoestima.

O vídeo está em 2 partes.

Quem tiver alguma opinião e quiser comentar, fico grato. Toda opinião é válida para um debate saudável.

 

 

brasil, país de alegria e hipocrisia

Posted in conhecimento, direitos GLBTT, vídeos with tags , on 25/11/2009 by Homofobia Já Era

Rafael Mattos, videomaker carioca criador do curta  “Versões” , já publicado no Blog,  produziu esse novo material sob o impacto e a indignação do episódio recente da proibição da Parada Gay em Duque de Caxias (RJ).

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roldão arruda

Posted in direitos GLBTT, imprensa, violência with tags , , , , on 24/11/2009 by J.W.Kielwagen

Palestra proferida na 1ª Semana de Diversidade de Joinville 2009

leo kret

Posted in comportamento, direitos GLBTT, diversidade, política with tags , on 02/10/2009 by J.W.Kielwagen

A vereadora Leo Kret, eleita com quase 13.000 votos em Salvador/BA, fala sobre transexualidade, preconceito e política em debate durante a primeira Semana da Diversidade de Joinville, no Teatro Juarez Machado, em 23/06/2009.

a opção sexual dos padres

Posted in comportamento, direitos GLBTT, diversidade, opinião with tags , , on 20/09/2009 by Homofobia Já Era

jun06 Recentemente ouvi  um padre rejeitar, numa das comissões da Câmara dos Deputados, a união estável entre casais de sexo semelhante. A argumentação era que este tipo de união é anti-natural. Há alguns meses atrás um outro religioso católico de Nova York disse que o casamento e a relação sexual entre um homem e uma mulher é algo que está no DNA.

Eu poderia discutir objetos e tentar elucubrar acerca da naturalidade das relações entre sexos semelhantes, mas não vou fazer isso. Cansei de discutir objetos. Foi graças aos gregos que as pessoas se esqueceram de olhar para o sujeito, ou seja, para si mesmas e vêm desde então tergiversando sobre objetos, ou seja, o outro. Mas vou discutir o sujeito –  aquele que formula o conhecimento.

O sexo entre machos e fêmeas e o casamento heterogâmico está no nosso DNA e na natureza. Então alguém me diz o que calhas d´águas os padres fazem na Igreja!? Alguém aí já viu algum animal celibatário?  Não vou fazer alusão aos padres pedófilos. Isso é golpe baixo, pois sabemos que nem todos os padres são pedófilos assim como nem todos os pedófilos são padres.

A nós, humildes mortais, resta saber se as relações homossexuais na natureza – que abarcam das bactérias até os mamíferos – estão contrárias ela própria. Também é irônico se perguntar por que as pessoas que lutam contra a homossexualidade, usando o argumento naturalista, não defendem que andemos pelados, paremos de usar luz elétrica, televisão, refrigerante, pizza, ar-condicionado, microfones e soundsystems (sim, aqueles que são usados nas missas para fazer as massas louvarem ao senhor…).

0902 Se nós olharmos o sujeito, podemos ver que existem milhares de coisas anti-naturais que os seres humanos fazem que não é uma preocupação dos padres ou uma preocupação padrófila (qualquer semelhança com pedófila é só mera coincidência). Então por que a birra é somente com a homossexualidade “do outro”? Se admitirmos que a nossa mente é um imã, há um claro exemplo de que a nossa mente se atrai por aquilo que atrai a nossa consciência.

Se todo mundo for homossexual, a população mundial irá declinar e a humanidade desaparecerá para sempre. Assim como se todo mundo fosse padre ou monge, a população mundial irá acabar também, pois estas categorias sociais não podem se reproduzir e nem se casarem. Então devemos lutar contra os padres, pois se todos seguirem seus caminhos, em pouco tempo não haverá mais bebês! (Como é semelhante a vida de gays e padres!)

Além disso, no campo da psicologia, uma pessoa que admite que todo o mundo pode virar homossexual, cabe a ela responder a agradável pergunta: – Ela própria faz parte do mundo?  Se ela admitir que sim, logo….  É sempre bom lembrar do bom e velho Karl Gustav Jung: “O que Pedro diz sobre Paulo, nos informa muito mais sobre Pedro do que sobre Paulo”. Eis a maior verdade da vida.

Continuemos. Eu queria saber por que os padres ignoram a própria natureza que nos mostra diversos casais de sexos semelhantes, muitos vivendo até mais tempo que casais de sexos opostos, cuidando de filhotes abandonados por casais de um macho e uma fêmea, como o caso de algumas espécies de pingüins. Aliás, eu queria saber o que é natural para um padre. Por acaso ele se esquece de que a monogamia heterocêntrica é rara na natureza e que a maioria dos machos e fêmeas copulam e se relacionam com mais de um parceiro(a) ao longo da vida?

0903 Todo mundo já sabe disso, mas eles simplesmente ignoram ou fingem que isso não existe – e pior, eles se apropriam do conceito de natureza, definindo uma única natureza para todos os seres humanos.Sempre achei essas religiões de livros sagrados uma coisa um tanto quanto psicologicamente patológica. Para começar, só existe um único Deus – o dele, o do crente. Dentro dessa perspectiva, todos os outros deuses são falsos, com exceção do dele, o verdadeiro.

Só existe um único livro sagrado – o dele. Neste livro é que há a verdade.Todas as tradições espirituais do resto do mundo são colocadas na esfera do inferior. E diferentemente da Torá e do Alcorão que são autênticos e mantidos em seu idioma original até hoje, aquilo que chamam de Bíblia é uma sopa de letrinhas, textos mal traduzidos, textos suprimidos, livros retirados (oi, alguém falou em apócrifos?) e textos politicamente adulterados. Isso é mais do que comprovado. Só uma pessoa que se recusa a ver os fatos históricos e permanecem na crença que lhe dá algum conforto material é que se mantém acrítica. Só uma mentalidade entorpecida acredita que a Bíblia foi escrita por Deus.

Eu queria entender o que passa na cabeça de alguém que acha que o sistema jurídico tem que ser igual para todos os seres humanos, tornando a multiplicidade de fenômenos que existem nos corações humanos monocromática. Isso daí vem desde Roma, quando o Cristianismo se apropriou do sistema jurídico e acha que todas as pessoas tem que se submeter aos seus desígnios de certo ou errado.

Ainda no campo as religiões reveladas, as pessoas tem o engraçado hábito de falar da opinião de Deus e que esta coincidentemente é a mesma que a opinião do próprio indivíduo sobre este ou aquele assunto. Se Deus acha que só existe um único casamento – entre um homem e uma mulher – automaticamente, todos os que pensam diferente, estão contrários a Deus. Fico pensando nos taoístas da China antiga onde a homoafetividade estava inserida na sociedade. Todos eles estavam contrários a Deus e portanto devem estar no inferno atualmente.

Essas religiões tem o que eu chamo de unicismo egóico-patológico – “meu deus, minha verdade, meu livro sagrado, minha religião” – tudo isso é verdadeiro e os dos outros é falso e naturalmente a minha verdade tem que se encaixar em todos. A união estável entre casais de sexos semelhantes é muito simples. Você é cristão? Você não deve fazer isso e nem forçar sua Igreja a fazê-lo. Você é de uma religião que pensa diferente? Você deve ter seu espaço no mundo. O estado é de todos, o Brasil é um país onde todos tem sua vez e seus direitos. Por que a perspectiva de um setor do cristianismo tem que ser superior a todas as outras?

nov06 Ah? O que? Eu ouvi dizer que a maioria da sociedade brasileira é contra o comportamento homo-afetivo? Ok! Essa é velha…

1- A maior parte da população é composta de pessoas que praticam  heterossexualidade e de pessoas egoístas que não estão preocupadas com as necessidades e nem com a felicidade dos outros. Então como os direitos de uma minoria podem estar nas mãos de uma maioria indiferente aos outros?

2- Na China, a maioria da população não é cristã, logo deveríamos colocar nas mãos de um plebiscito popular o fato de os padres serem queimados vivos? Olha que por lá os muçulmanos ainda podem ser até maioria.

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mídia e movimento LGBT – FUMEC/BH

Posted in direitos GLBTT, diversidade, mídia with tags , , on 03/09/2009 by L E Peret

003 O auditório do Teatro Phoenix, da Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC), em Belo Horizonte, ficou lotado – ou, melhor seria dizer, “apinhado de gente, uai!” – na sexta-feira (28/8/2009) para receber os debatedores do evento “A Mídia e o Movimento LGBT”, realizado pela Libertos Comunicação, tradicional entidade mineira na veiculação de informações importantes para a comunidade LGBT, no combate à discriminação em todas as suas formas e na prevenção de DST/HIV, em parceria com a Comissão Mineira Pró-Conferência de Comunicação.

Na platéia, muita gente jovem, principalmente estudantes dos cursos de Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade), Direito, Pedagogia e Psicologia da própria Fundação, além das universidades Estácio-RJ, PUC, UFMG, UNI-BH e UNA. Também havia militantes do Grupo de Apoio, Luta e Defesa dos Interesses das Minorias (Galdium) de Itaúna, do CELLOS de Contagem e da Representação Regional Sudeste da Associação Brasileira de Gays (Abragay). O público ria, se emocionava e se encantava com os ótimos vídeos institucionais e publicitários sobre preconceito, cidadania LGBT e prevenção do HIV, que passavam no telão.

O Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Extensão da FUMEC, Prof. Eduardo Martins de Lima, deu início ao evento, falando do histórico de dedicação e compromisso da instituição com as causas sociais, a educação e a cidadania. Ele declarou que as portas da Fundação estão abertas a eventos dessa natureza, que oferecem esclarecimento e abrem espaço para questionamentos importantes, o que não por coincidência é uma das funções primárias do ambiente universitário.

O presidente da Libertos Comunicação, Osmar Resende, falou da atual situação da Comunicação em nosso país, da futura Conferência Nacional de Comunicação – marcada para acontecer em dezembro – e da importância de se discutir, observar e criticar os veículos de comunicação de massa. Deu especial ênfase à forma como a mídia representa a população LGBT – ou melhor, como a ignora, só dando ênfase aos aspectos “exóticos”, à criminalidade, à marginalidade e aos estereótipos superficiais e preconceituosos. Lembrou que, segundo uma pesquisa feita na própria imprensa, um homossexual é assassinado a cada dois dias e que esse número provavelmente é muito maior, mas a população pouco vê, tal é o descaso da mídia.

Osmar aproveitou para lançar a campanha “Denuncie!”, que divulga endereços para que cidadãos e cidadãs possam cumprir seu papel e informar sobre discriminação, homofobia, racismo, incitação ao ódio e à criminalidade e crimes de pedofilia (vide abaixo a lista completa).

A mesa de debates, bastante animada e esclarecedora, era composta por especialistas e profissionais das áreas de Saúde, Psicologia e Comunicação:

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legislação e jurisprudência LGBTTT

Posted in direitos GLBTT, livros, política with tags on 24/08/2009 by Daniel Rodrigues

LGBTTT

A publicação é uma amostra de leis e jurisprudências em prol dos direitos da comunidade LGBTTT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros), pesquisadas até setembro de 2006.

A obra está dividida em duas partes. Na primeira, apresenta os instrumentos internacionais de compromisso com os Direitos Humanos assinados pelo Brasil e a legislação brasileira em prol dos direitos LGBTTT. Na segunda parte, traz as jurisprudências exemplares pesquisadas.

A inexistência de lei, não exime a Justiça de sua função na garantia dos direitos, menos ainda é justificativa para negá-los. Pelo contrário, as jurisprudências trazidas nesta publicação são exemplos de matérias ainda não disciplinadas por lei, que nem por isso deixaram de ser solucionadas de forma exemplar no que tange a garantia dos direitos LGBTTT.

Esta coletânea é o testemunho da crescente legislação que a temática de igualdade de direitos para a comunidade LGBTTT conquistou em âmbito federal, estadual e municipal, logo, é merecedora da atenção e da preocupação das e dos legisladores brasileiros no sentido de sua ampliação.

Os instrumentos internacionais que foram incluídos representam os marcos dos Direitos Humanos de forma global, em especial com relação às mulheres. Em nenhum dos instrumentos internacionais pesquisados foram encontrados, de forma explícita, a afirmação da não discriminação contra LGBTTT, entretanto, para que os Direitos Humanos alcancem todas as pessoas humanas, devem ser considerados de forma universais, indivisíveis e interdependentes pois estão essencialmente inter-relacionados e remetem à própria natureza humana.

Thumbnail via WebSnapr: http://www.coturnodevenus.org.br/leisejuris/index.htmPortanto, todo e qualquer indivíduo, independente de seu sexo, orientação sexual, idade, classe social, raça, etnia, religião, cultura, filosofia, pensamento ou quaisquer outras qualificações, não pode ser excluído de sua tutela. Pessoas e instituições devem, obrigatoriamente, legitimá-los.

Em relação à legislação, foram pesquisados todos os estados brasileiros.

O livro está disponível na internet em pdf e em versão acessível para deficientes visuais.

ribeirão preto, uma parada pra pensar

Posted in direitos GLBTT, diversidade, opinião with tags on 23/08/2009 by Adriano Mascarenhas Lima

ADri

Soube da parada por meio de uma postagem no fórum da Homofobia Já Era. Aliás, eu na minha desatenção costumeira, e acessando com pressa, confundi a data e pensei que fosse no dia 9 de Julho (que é um feriado estadual de algum evento histórico do qual não me recordo agora). Pensei que a parada havia sido programada para o dia do feriado justamente para reunir mais pessoas, e – vejam que loucura – cheguei a me planejar para ir nesse dia. Foi então que comentei com um amigo, perguntando se ele ia, e ele me disse que nem estava sabendo. Acessei o fórum novamente e foi então que percebi que seria um mês depois, no dia 9 de Agosto. Disfarça!

O bom foi que deu tempo de pedir uma máquina fotográfica emprestada, para tirar fotos e mostrar para todos. Resolvi cortar pequenos papeizinhos com o link do blog da HJE, para mostrar onde as fotos sairiam (e para trazer mais leitores para nós), e saí que nem um papparazzi no dia, tirando fotos de todo mundo que eu achava diferente. Acabei distribuindo poucos papéis porque a maioria das pessoas posava pras fotos sem nem se importar, mas acho que distribuí alguns. O slide-show que postei aqui anteriormente tem as melhores imagens daquele dia.

De toda forma, ainda pensei: “Que bom! Com uma divulgação de um mês de antecedência, é sinal que a parada está sendo bem organizada!”. O que ficou nas minhas impressões sobre a parada, no entanto, infelizmente não veio a confirmar isso completamente. Na verdade, em termos estruturais a organização esteve de parabéns. Tudo transcorreu conforme o planejado, e eu não vi ninguém se queixando de roubos, brigas, etc. Os três trios elétricos estavam com um som ótimo (só fiquei decepcionado por ter ouvido um remix de “I Drove All Night” da Celine Dion umas trinta vezes até o fim da parada, mas tudo bem, abafa); a polícia marcou presença com suas fardas lindas, que praticamente se mimetizaram com os demais elementos fetichistas presentes, literalmente fechando e parando o trânsito (haha); e, apesar do ligeiro atraso para começar, tudo funcionou.

RP16 RP12
RP19 RP11

Então o que é que pode ter dado errado? Acho que foi o essencial. Foi o sentimento da parada. Foi sua ideologia. E, não, eu nem estou falando daquelas críticas batidas e demodé sobre a tal da “carnavalização” da parada. Eu sou da opinião que o fato das paradas serem festivas não as descaracteriza. Pelo contrário, a afirmação da alegria dançante de viver, da expressão pública do nosso amar e até da nossa porralouquice são o brilho purpurinado que as cores do arco-íris precisam. E esse mix de cores e tipos de pessoas é que é o que fascina, o que faz os héteros acharem a parada bonita e pensarem, da sacada dos seus apartamentos “Que legal! Que diferente! Que esquisito! Que excêntrico! É verdade, eles têm razão, acho que isso de preconceito não está com nada”. A parada tem que justamente mostrar que o mundo não tem que ser a caretice sisuda diária que ninguém aguenta mais. Não precisamos de paradas de terno e gravata.

Quando falo que o feeling não funcionou, e que isso teve a ver com a organização do evento, falo dos momentos de discursos e a inserção destes no meio da festa, fora um episódio lamentável no encerramento.

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petitte, une grande fille

Posted in bioblog, direitos GLBTT, elas with tags on 22/08/2009 by Homofobia Já Era
pettite

Carioca e decidida. Atenta a tudo que acontece a nosso respeito e em respeito aos nossos direitos.


Erika Souza é uma
“garota sangue bom”,
integrante do Blog e
da equipe de moderadores
da Comunidade Homofobia Já Era

Eu já morei na tal da feira moderna
mas saltei de banda
e hoje sou meu próprio patrão
e ninguém me manda

Eu já cansei de enganar a todo mundo
que eu era santo
mas não existe ninguém minha mana
que me acredite tanto

A gente já viu muitos caminhos à nossa frente
você já esteve doente
você também ficou bom
e hoje a gente está nesse caminho
mas bem feito para gente

Você descobre e eu também
que nem tudo no mundo é sonho
e agora eu sei.

“Saltei de banda” (Zé Rodrix e Luís Carlos Sá)

dna arco-íris?

Posted in comportamento, direitos GLBTT, diversidade, política with tags on 19/08/2009 by Professor Carlinhos

dnarbridge04

O debate sobre as raízes genéticas do comportamento sexual humano pode ser mais polêmico do que parece. Frequentemente essa discussão toma conta dos fóruns GLBTT e muitas pessoas defendem a idéia de que, se fosse comprovado que a definição da orientação sexual se dá na formação do DNA humano, surgiriam mais argumentos para lutar contra a homofobia.

Entretanto, estudos sobre a genética podem ser muito mais úteis às linhas de pensamento neonazistas que à defesa de direitos das minorias. Se, um dia, for comprovado que as pessoas têm sua orientação definida a partir do DNA, não será mais fácil lutar contra a homofobia. Pelo contrário, surgirão muitos argumentos em defesa do pensamento de que a homossexualidade se configura, na verdade, como um defeito na construção genética (já que os homossexuais são minoria). Esse tipo de pensamento é munição para grupos preconceituosos e extremistas. Se neonazistas ganharem o argumento científico de que homossexuais são seres humanos com defeitos genéticos, terão uma razão a mais para exterminar jovens casais que andam de mãos dadas na rua, garotos de programa, travestis ou qualquer pessoa que manifeste uma orientação sexual diferente da maioria.

Já o argumento que propõe que a orientação sexual seja fruto do desenvolvimento cultural (e não genético), ajuda a criar um novo pensamento em que a diversidade sexual seja não um defeito, mas uma evolução do comportamento humano.

Isso não quer dizer que o debate não seja saudável. Todo debate é bem vindo. Mas a biologia e a antropologia não precisam estar de lados diferentes nessa busca pelo conhecimento da sexualidade humana. A luta contra a homofobia pode, sim, crescer a partir de argumentos científicos, desde que eles estejam desvinculados de interesses político-partidários.

lúcia facco, 45 , carioca

Posted in comportamento, direitos GLBTT, diversidade, elas, livros with tags , on 17/08/2009 by Homofobia Já Era
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Lúcia é pesquisadora
phd em literatura comparada (UERJ)
e  funcionária pública.

É dela a autoria
do recém-lançado
“Era uma vez um casal diferente”
pelas Edições GLS, do grupo Summus.

Lúcia é membro da
Comunidade
Homofobia Já Era

clique na capa dos  livros para saber mais

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